A Santa Casa da Misericórdia de Sever do Vouga inaugurou, no passado dia 25 de outubro, as obras de remodelação da creche e jardim de infância. As instalações onde funcionam as respostas sociais da infância da instituição, com quase 70 anos, ficaram assim adaptadas às exigências da atual legislação, estando ao mesmo tempo, segundo o provedor da Misericórdia, “mais eficientes”. A empreitada teve um custo de 360 mil euros e foi financiada em 125 mil euros pelo Fundo Rainha Dona Leonor (FRDL).

A creche e jardim de infância da Misericórdia de Sever do Vouga funcionam num edifício emblemático do concelho que está prestes a completar 70 anos de história. Trata-se de um espaço conhecido por ajudar os mais carenciados dos anos 60 com a “sopa dos pobres”. Ao longo dos anos o edifício foi sofrendo algumas remodelações, mas nesta última, segundo José Rocha, provedor da Misericórdia, procurou-se aproveitar a “traça arquitetónica inicial para continuar a ser o edifício emblemático da Misericórdia”. 

Ao VM o provedor da Misericórdia disse que o remodelado espaço manteve “a beleza e a traça original e está, agora, adaptado às exigências da legislação para o exercício das funções que desempenha”. Neste momento a creche e o jardim de infância têm “todo o espaço necessário para o perfeito desempenho pedagógico e para a valorização das crianças” que frequentam aquelas respostas sociais, disse José Rocha.

Presente na cerimónia de inauguração das obras, Inês Ponce Dentinho, membro do conselho de gestão do FRDL, salientou o “caráter simbólico do edifício” que foi um “sinal de grande apoio às populações mais pobres do século XX”. A responsável deixou ainda um elogio ao provedor pela sua “inconformidade e luta pela melhoria das condições das pessoas”. 

Com a requalificação do espaço o provedor da Misericórdia de Sever do Vouga espera que o funcionamento destas respostas sociais seja mais eficiente e que contribua mesmo para o equilíbrio das contas da instituição. “Esperamos que a creche e o jardim, agora só com uma cozinha e uma sala de refeições, equilibrem as contas”, desabafou. 

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves