“Dá de ti que eu dou de mim” é o primeiro projeto de voluntariado da Santa Casa da Misericórdia de Montalvão. A iniciativa teve início em fevereiro passado e conta com um grupo de cinco voluntários.

Segundo a responsável pelo projeto, Carina Afonso, foi em 2016, com a tomada de posse da nova direção, que o voluntariado começou a ganhar forma nesta Misericórdia. Manifestando vontade de trazer para a instituição a motivação e entusiasmo dos voluntários, a mesa administrativa tentou, na altura, criar o primeiro banco de voluntários da Santa Casa. Esta vontade chegou a bom porto pelas mãos da vice-provedora, Maria Júlia Lopes, que conseguiu reunir uma equipa de cinco voluntárias. 

Sendo Montalvão uma freguesia pequena e rural e a sua população maioritariamente idosa, não é de estranhar que estas voluntárias sejam já reformadas. Usufruindo do seu tempo livre, as cinco voluntárias disponibilizaram-se para oferecer, de forma comprometida e regular, o seu contributo para o bem-estar e qualidade de vida dos utentes. 

Desta forma, todas as segundas-feiras à tarde, durante uma hora, as voluntárias participam nas atividades socioculturais dinamizadas na instituição. Através destes exercícios é assegurado o desenvolvimento social e pessoal, bem como capacidades relativas à expressão e comunicação oral e corporal. 

São realizados por exemplo, exercícios cognitivos através jogos didáticos e trabalhos manuais e culinários que desenvolvem a criatividade dos utentes. Desta feita, a reação não podia ter sido melhor. Nas palavras da responsável pelo projeto, Carina Afonso, “nunca pensámos que aceitassem tão bem”. As caras novas que agora se juntam às tardes do lar fizeram logo surgir no meio dos utentes a pergunta “quando é que vêm outra vez?”.

O projeto “Dá de ti que eu dou de mim” vai decorrer numa fase inicial durante seis meses, mas segundo a responsável pelo projeto o objetivo é prolongá-lo. Apesar das dificuldades acrescidas por “não terem público jovem”, o projeto ambiciona crescer e trazer mais voluntários à Misericórdia de Montalvão. 


Voz das Misericórdias,Teresa Clode de Sousa