Misericórdias deparam-se com atrasos no pagamento a mais de 116 unidades de cuidados continuados, que colocam em causa a sua continuidade e apoio a mais de 4500 utentes

Lisboa, 10 de abril 2017 – A aprovação por unanimidade do Relatório de Atividades e Contas da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) foi o tema central da Assembleia-geral que reuniu em Fátima Misericórdias de todo o país.

Uma das preocupações manifestadas neste encontro, que também analisou o contributo da UMP enquanto promotor da economia social, foi relativa ao modelo de gestão da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados que colocam em causa a sustentabilidade das Misericórdias com Unidades de Cuidados Continuados e sua viabilidade e apoio social aos utentes.

“Embora seja reconhecido o contributo da Rede para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a sua importância para a continuidade de cuidados junto da população, os atrasos nos pagamentos às Misericórdias estão a tornar insustentável a viabilidade do sistema como atualmente existe” – afirmou Manuel de Lemos, Presidente da UMP, reforçando que “com o atraso no pagamento às Misericórdias, bem como a falta de ajuste de preços nos termos previstos pela lei, corre-se o risco de algumas das unidades terem que fechar”.

Atualmente, cerca de 55% da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados são das Misericórdias, com 116 unidades que representam mais de 4500 camas de norte a sul do país.