Para celebrar o Dia do Pai, a Santa Casa da Misericórdia de Cucujães promoveu uma tarde em que pais e filhos puderam ser super-heróis.

Eles são super-heróis. Cowboys e Ali Babás. Piratas. Índios e Pasteleiros. Eles são pais das crianças da Misericórdia de Cucujães. O dia 19 de Março foi vivido na instituição com imaginação, criatividade e muita emoção.

Um mapa, entregue à chegada, faz antever uma missão arriscada. É preciso percorrer um "Mapa de Emoções", em busca de tesouros escondidos, com passagem obrigatória pelas cinco ilhas das emoções – Raiva, Aversão, Alegria, Medo e Tristeza. O difícil torna-se fácil quando feito em conjunto. Pais e filhos partilharam um grande momento de prazer e diversão e reforçaram, ainda mais, os laços que os unem. O Voz das Misericórdias (VM) esteve a acompanhar o final de tarde na Misericórdia de Cucujães.

O pequeno Lucas, de apenas 7 meses, mostra-se sorridente e bem-disposto. Mário vive pela primeira vez o Dia do Pai. Num tempo em que os horários e as vidas profissionais determinam, muitas vezes, o dia-a-dia dos progenitores, torna-se fundamental “chamar os pais a participarem na educação dos seus filhos”. Para o pai Mário, a instituição demonstra, com este tipo de iniciativas, “que não serve apenas para tomar conta dos nossos filhos, mas que também os prepara para o futuro. É disto que um dia, no futuro, eles se vão lembrar”. 

Com cerca de 120 utentes, Elsa Ferreira, diretora técnica e coordenadora pedagógica da instituição, sublinha a importância de reforçar a partilha. “Nesta tarde especial, os pais participam em brincadeiras que, no dia-a-dia, os seus filhos desenvolvem com os amigos”. O trabalho que antecede o “dia D” é muito, mas quando se vê a alegria estampada no rosto de pais e filhos “todo o esforço é compensado e é muito gratificante”, confessa.

Diana e André são pais de Taís. A mãe foi utente da Misericórdia de Cucujães. Confiam na instituição a 100% e reconhecem-lhe “boas ideias e atividades engraçadas”. Vão mais longe e afirmam ser “a melhor na região”. Neste dia, que repetem pela segunda vez, salientam a importância dos pais “conhecerem a escola e toda a comunidade educativa”.

Pedro Silva (pai) e Benedita Silva (filha) terminam uma obra de arte digna de Picasso. Hoje, Pedro moveu montanhas e horários para estar presente. “Nem sempre é fácil, mas com esforço tudo se consegue”, confessa. Para além da alegria dos mais pequenos, sublinha que “é de louvar a dinâmica que se cria com outros pais e colaboradores”. José e Gabriel Santos reforçam o sentimento. Já pintaram e agora decoram, com um coração, o mini bolo do dia do pai. A falta de jeito para segurar o saco de pasteleiro é inversa à emoção com que fala. “Muito importante e divertido”, conta-nos sem hesitação.

Todas as crianças estiveram envolvidas neste Dia do Pai, desde os bebés aos mais crescidos. Cada sala fez o seu trabalho individualizado de acordo com a idade e desta sinergia nasceu o Ateliê do Talentoso com o tiro ao alvo a assumir o protagonismo, o ateliê dos artistas, com papás modelos e verdadeiros filhos pintor, sem esquecer o ateliê de culinária, com magníficas e autênticas obras de arte, decoradas com muita massa de amor e cobertura de afetos. No jogo do galo reforça-se a dinâmica entre pais, educadores e crianças. Os jogos de exterior foram cancelados devido às condições meteorológicas. 

Voz das Misericórdias, Vera Campos