A Santa Casa da Misericórdia de Lamego vai disponibilizar, a partir do próximo ano letivo, mais atividades extracurriculares na creche e jardim de infância. Melhorar o projeto educativo nestes equipamentos, aumentar o número de crianças que os frequentam e fazer face à concorrência são alguns dos objetivos desta iniciativa.

Hipismo, taekwondo, música, teatro, massagem shantala e tecnologias são as novas atividades que vão fazer parte do dia-a-dia das crianças que frequentam, ou venham a frequentar, a creche e jardim de infância da Misericórdia.

Em conversa com o VM, o provedor da Misericórdia de Lamego, António Marques Luís, disse que a decisão de alargar e diversificar a oferta de atividades extracurriculares surgiu essencialmente para fazer face “à concorrência que é o setor público”.

A Santa Casa de Lamego chegou a ter na creche e jardim de infância mais de 40 crianças, tendo agora apenas 20. Segundo o provedor isso deve-se, em grande parte, ao “facto de haver menos crianças e de o setor público oferecer as atividades extracurriculares, o que leva os pais a olharem mais para a questão monetária em detrimento da pedagógica”.

“Nesse sentido decidimos alargar, de forma gratuita, a oferta pedagógica que temos, com mais e melhores atividades, para que os pais possam escolher qual o melhor plano pedagógico para os seus filhos. E também queremos garantir os postos de trabalho. É um esforço financeiro enorme que estamos a fazer”, referiu António Marques Luís.

Segundo o provedor, com esta iniciativa a Misericórdia pretende ainda “desenvolver, de uma forma persistente e continuada, a melhoria do projeto pedagógico para a valência da creche e jardim de infância, de modo a que cada criança desenvolva as suas capacidades físicas, intelectuais e de espírito crítico”.

Para além de dar primazia a uma oferta pedagógica que estimula física e mentalmente as crianças, a Misericórdia de Lamego vai criar, na Quinta do Poço, uma horta pedagógica para que também seja possível abordar temas relacionados com a alimentação, nutrição e a consciencialização ambiental.

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves