A Santa Casa da Misericórdia de Chaves promoveu a VII edição do Encontro dos Jogos Populares do concelho de Chaves. O evento, destinado a idosos e pessoas portadoras de deficiência, aconteceu no passado dia 5 de junho no Jardim Público da cidade e juntou duas centenas de participantes.

Foi com o rio Tâmega de pano de fundo que 200 utentes, de 11 instituições particulares de solidariedade social (IPSS), participaram em mais um encontro de jogos tradicionais. Pedro Pinto de Almeida, animador sociocultural da Misericórdia flaviense, explicou ao VM em que consiste esta iniciativa. “A ideia é proporcionarmos um dia de convívio entre os utentes das várias instituições, é retirá-los do espaço onde estão inseridos diariamente e incentivá-los à prática desportiva”. 

“À chegada ao jardim os utentes foram divididos em vários grupos mistos cada um com uma cor, formados por utentes de várias instituições e orientados por um técnico ou auxiliar”, para depois percorrerem o circuito de jogos que tinham pela frente. Ainda segundo o animador sociocultural, “os idosos gostam de participar nesta atividade por serem jogos populares e pelo convívio”.

Do jogo da malha ao do sapo, passando pelo do cântaro, muitos foram os jogos tradicionais que animaram os participantes e trouxeram à memória dos idosos recordações dos tempos em que o equilíbrio, a força e a mobilidade eram outros. 

O projeto do departamento de animação sociocultural da Santa Casa de Chaves, que conta com o apoio do município local, visa, segundo nota da instituição, “promover a inclusão social e o envelhecimento ativo, através da prática de atividades psicomotoras” que ajudem a “contrariar a perda das capacidades que interferem com a mobilidade dos idosos e que consequentemente leva a uma diminuição da qualidade de vida e autonomia dos mais velhos”.  

Para o ano há mais e, segundo o animador sociocultural, o grande desafio é “ano após ano tentar levar mais utentes a participar e adaptar os jogos para os que têm menos capacidades motoras e cognitivas”.


Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves