Articulação entre diferentes cuidados, ganhos em segurança e gestão eficaz de recursos são algumas das vantagens associadas à utilização tecnologia na prestação de cuidados a idosos

Articulação entre diferentes níveis de cuidados, ganhos em segurança e gestão eficaz de recursos são algumas das vantagens associadas à utilização de dispositivos tecnológicos na prestação de cuidados a idosos. Na sessão temática sobre “Novas Tecnologias na Prestação de Cuidados às Pessoas Idosas” foram ainda apresentadas soluções disponíveis no mercado, riscos e investimentos associados, com a participação de Humberto Carneiro, provedor da Misericórdia de Povoa de Lanhoso, Manuel Eanes, administrador executivo da NOS, e Manuel Caldas de Almeida, vogal da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) na área da saúde.

No arranque da sessão, o administrador executivo da NOS mostrou-se disponível para desenvolver, em colaboração com as Misericórdias, um conjunto de soluções tecnológicas adaptadas às necessidades dos idosos no domicílio, estruturas residenciais e centros de dia. “Meios médicos para fazer diagnósticos à distância”, instrumentos para “acompanhamento e monitorização inteligente” e apoio na toma da medicação foram alguns dos exemplos destacados com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos utentes e seus cuidadores. 

Os ganhos são evidentes para as instituições, utentes e equipas no terreno, como constata o provedor da Misericórdia de Póvoa de Lanhoso. “Ganhos de qualidade, na gestão de recursos e ganhos de tempo”, resumiu Humberto Carneiro, na sequência da implementação de uma “Plataforma de Coordenação e Monitorização” em três respostas sociais (unidade de cuidados continuados, estrutura residencial para pessoas idosas e apoio domiciliário) da instituição. 

Na prática, esta plataforma permite criar um plano de intervenção adequado a cada utente, planeando tarefas, articulando serviços e gerindo com eficácia os recursos (físicos e humanos) disponíveis. É possível monitorizar tarefas, vigiar sinais vitais, gerir consumos e minimizar erros nos processos, aumentando o tempo disponível para cuidados diretos. 

A moderar o debate, o provedor da Misericórdia de Mora e vogal da UMP, Manuel Caldas de Almeida, referiu que este tipo de mudanças pode acarretar “resistências” numa fase de implementação, mas traz inúmeras vantagens por permitir conjugar cuidados sociais e de saúde, de forma adequada às “novas necessidades das pessoas e cuidadores”. 

Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas