O envelhecimento é um dos principais desafios da Europa e nesta área as Misericórdias têm uma palavra a dizer.

Para José Manuel Fernandes, eurodeputado, a prioridade europeia em relação ao envelhecimento é um tema “pouco discutido” na sociedade portuguesa e o assunto justifica que as Misericórdias e a sua União apresentem uma candidatura ao Plano Juncker.

A afirmação foi feita durante uma sessão de esclarecimento, organizada pela UMP e pela Misericórdia de Braga, que decorreu a 20 de janeiro no Palácio do Raio.

Criado em junho de 2015, o Plano Juncker financia projetos que respondam a critérios como sustentabilidade económica, sustentabilidade ambiental e crescimento inteligente, inclusivo e sustentável. O financiamento não é a fundo perdido, mas as condições a aplicar, referiu, costumam ser vantajosas.

Por isso, continuou José Manuel Fernandes, as Misericórdias e a sua União devem “definir o que querem fazer e com que meios” para, de forma articulada, apresentar uma candidatura de grande envergadura ao Plano Juncker. Esta articulação deve ainda envolver outros parceiros, inclusive o governo que, segundo o eurodeputado, não pode estar sempre a falar do setor social e na prática não utilizar fundos para apoiá-lo.

Para o presidente da UMP, que também esteve presente na sessão em Braga, um projeto neste âmbito será “o maior de sempre” no setor social e nas Misericórdias. Lembrando que o país precisa de muita coisa, Manuel de Lemos afirmou que para aceder aos fundos do Plano Juncker – que dispõe de mais de 300 mil milhões de euros – será necessário construir “uma candidatura tecnicamente imbatível” e, neste sentido, a União já está a trabalhar.

A sessão de esclarecimento contou ainda com o provedor e o presidente da Mesa da Assembleia Geral da Misericórdia de Braga, respetivamente, Bernardo Reis e João Lobo.