Com a presença da ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a Santa Casa da Misericórdia do Fundão inaugurou o Hotel Sénior Príncipe da Beira, com capacidade para 104 utentes.

A nova estrutura residencial para pessoas idosas (ERPI) nasceu da transformação de um hotel, mantendo o nome e o glamour do edifício, situado numa das encostas da Serra da Gardunha. Entre a aquisição, as obras de adaptação e o equipamento, tratou-se de um investimento de cerca de quatro milhões de euros, financiado pelo programa PARES.

A funcionar, desde 2022, com os 40 utentes do Lar Nossa Senhora de Fátima, que foi transformado em unidade de cuidados continuados, o antigo hotel, que seria uma solução provisória, passou a ser definitiva com a aquisição do edifício e a sua transformação numa ERPI “diferente, inovadora e de grande qualidade”, como referiu o provedor, Jorge Gaspar, no dia da inauguração.

Um dia “de grande felicidade”, apesar de todas as dificuldades que foram sendo encontradas pelo caminho, “este foi difícil de concretizar porque é um projeto fora da caixa”, admitiu o provedor, que não escondeu a felicidade de ver chegar o projeto ao fim.

“Quando chegamos a este dia, em que temos a felicidade de inaugurar um edifício de excelência, com esta qualidade, ultrapassando todas as barreiras, e foram muitas que tivemos de ultrapassar”, afirmou Jorge Gaspar.

O dia da inauguração foi aproveitado para a Misericórdia do Fundão assinar com a Segurança Social, os acordos de cooperação que vão dotar o Hotel Sénior Príncipe da Beira de um total de 104 camas, a capacidade máxima da ERPI, pensada para prestar cuidados diferenciados aos seus utentes.

“Não é só o edifício que conta, é o serviço que prestamos neste edifício que está preparado para serem prestados cuidados diferenciados, promover o envelhecimento ativo, quer a nível físico quer a nível mental.” Para isso, a Misericórdia investiu também numa equipa multidisciplinar, com profissionais da saúde, da fisioterapia e da animação sociocultural”, explicou.

Começa assim uma nova fase na vida de um edifício secular que já foi seminário, hotel e agora foi transformado em ERPI. Uma capacidade de adaptação elogiada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

“Um espaço extraordinário que mostra bem como a valorização das pessoas, independentemente da sua idade, tem de ser o nosso ativo como sociedade. Uma sociedade que se orgulha de si mesma e da idade que as pessoas têm. Um hotel extraordinário, com umas condições fantásticas que se transforma num novo espaço, com uma nova vida para as pessoas, mostrando também aqui a capacidade de reconverter um edifício para as necessidades que a sociedade tem.”

A presença da ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social foi também aproveitada para descerrar a placa da inauguração oficial da unidade de cuidados continuados da Misericórdia do Fundão, a funcionar desde o início de 2022, no readaptado edifício do antigo Lar Nossa Senhora de Fátima, com capacidade para 60 utentes, 30 na tipologia de média duração e reabilitação e 30 na tipologia de longa duração e manutenção.

Entre representantes de diversas entidades e provedores de Misericórdias do distrito de Castelo Branco que marcaram presença da inauguração, esteve também o vice-presidente da União das Misericórdias Portuguesas. Durante a sua intervenção, Carlos Andrade destacou a “visão fora da caixa” demonstrada pela Misericórdia do Fundão, sugerindo ao Estado a continuidade de políticas que fomentem a construção de respostas que minimizem o “tsunami grisalho”, que é o envelhecimento da população.

Voz das Misericórdias, Paula Brito