O edifício, à entrada de Lagoa, é propriedade da Santa Casa desde 1910. Foi hospital, depois centro de saúde, unidade de cuidados continuados, mas já estava fechado há alguns anos.
Em conversa com o VM, Paulo Francisco, provedor, explicou que a Mesa Administrativa olhou para esse património como uma mais-valia. “Procurámos saber, junto do município, quais eram as necessidades do concelho e chegámos à orientação de que faria sentido a criação de centro de dia e apoio domiciliário”, disse.
Com apoio da autarquia, que investiu cerca de 1,2 milhões de euros na obra, mas também com fundos próprios e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o edifício foi adaptado para as novas funções.
“Criámos uma cozinha, com resposta para 360 a 370 refeições, até acima das necessidades, uma lavandaria, um cabeleireiro e o centro de dia, com sala de convívio, uma zona de descanso com um quarto e serviços técnicos de apoio”, enquadrou Paulo Francisco.
Já a resposta de apoio domiciliário será, nas palavras de Paulo Francisco, “inovadora”. “Nós queremos fazer diferente e vamos ter uma equipa multidisciplinar que verá cada utente de forma diferenciada e personalizada em todos os aspetos”, explicou. “Vai ser uma resposta personalizada e menos estandardizada, com foco naquele utente que até pode precisar só de uma companhia, por exemplo”, acrescentou.
As respostas estão agora numa fase de legalização junto da Segurança Social, pré-inscrição dos utentes e formação das equipas. Com arranque previsto para “final deste ano, início do próximo”, cada uma das duas respostas terá capacidade para 30 pessoas.
Voz das Misericórdias, Pedro Lemos
Créditos fotografia: Rádio Lagoa