Onze projetos de Santas Casas da Misericórdia foram considerados exemplos de boas práticas pela Fundação Calouste Gulbenkian e fazem agora parte do livro “Ageing in Place. Boas práticas em Portugal” que foi apresentado no mês de maio.

Apoio domiciliário noturno, um parque de reminiscências, uma ludoteca itinerante, fisioterapeutas que vão de aldeia em aldeia, transportes públicos à medida das necessidades de cada um ou a prestação de cuidados e serviços a idosos que se encontrem no seu domicílio são alguns dos exemplos de boas práticas que nos são dados a conhecer neste guia prático que foi elaborado entre setembro de 2017 e maio de 2018.  

 
Os projetos das Santas Casas da Misericórdia de Águeda (gabinete de ensinos), Vila Viçosa (combate ao isolamento), Mértola (ludoteca itinerante), Oliveira de Azeméis (apoio domiciliário noturno), Venda do Pinheiro (o papel dos voluntários no serviço de apoio domiciliário), Esposende (serviço de apoio domiciliário), Porto (chave de afetos e centro de dia S. João de Deus), Almada (parque de reminiscências da Trafaria), Amadora (beyond silos – cuidados integrados) e Vila Velha de Ródão (INCOGNUS – inclusão, cognição, saúde) foram identificados como exemplos de boas práticas nas áreas de apoio aos cuidadores, combate ao isolamento, inovação em apoio domiciliário, inovação em centro de dia e recursos de saúde, animação, nutrição e acompanhamento psicológico, segurança, mobilidade e bem-estar. 
 
O projeto cordon gris da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que visa combater a má nutrição de pessoas com mais de 65 anos recorrendo às novas tecnologias também faz parte dos projetos apresentados, e insere-se na área de gerotecnologias e investigação.
 
No total o livro “Ageing in Place. Boas práticas em Portugal. Divulgar para valorizar. Guia de boas práticas” identifica 80 projetos de boas práticas repartidos por dez grandes áreas que, de norte a sul do país, e segundo nota introdutória do livro, promovem a inclusão social dos cidadãos mais velhos nas comunidades em que residem, valorizando o envelhecimento em casa e na comunidade com segurança e de forma independente.
 
A iniciativa de compilar num guia de boas práticas este conjunto de atividades que promovem o envelhecimento em casa partiu do professor associado da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, António Fonseca, que contou desde logo com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Universidade Católica Portuguesa.
 
A publicação foi apresentada no dia 16 de maio durante um seminário com o mesmo título. 
 
Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves