​Houve tempos em que os bonecos de trapos eram o único brinquedo que muitas crianças tinham à mão para encenar as histórias que brotavam da sua imaginação.

​Tempos idos em que nas ruas das aldeias e vilas do Alentejo havia ceifeiros e mondadeiras a caminho das searas de trigo a cruzarem-se com amoladores de tesouras, sapateiros ou alfaiates de fato grave.

Desses tempos restam apenas as memórias agora recuperadas pela Ludoteca Itinerante da Santa Casa da Misericórdia de Mértola, no distrito de Beja, que durante meses fez uma recolha sobre as profissões tradicionais de outrora. Desse trabalho nasceu a exposição “Bonecas/os de pano – O passado aos olhos do presente”, que tem andado de terra em terra pelo concelho.

“É um projeto que valoriza a história e vivência de cada participante, de cada localidade e, em suma, do concelho de Mértola. E é uma forma de transmitir aos mais novos as profissões de ontem”, observa Natália Cardeira, animadora sociocultural que trabalha na Ludoteca Itinerante. A opinião partilhada pelo provedor da Misericórdia de Mértola, para quem o trabalho da ludoteca tem a mais-valia de combater o isolamento. “Além dos equipamentos tradicionais, temos prestado muita atenção a outras respostas sociais que envolvam a população e esta exposição é o reflexo do trabalho que a ludoteca faz, que é extremamente meritório”, afirma José Alberto Rosa.

Leia a reportagem na íntegra no seu jornal Voz das Misericórdias de outubro.