Para a construção do novo modelo de SAD os contributos das Santas Casas são fundamentais, apelou o vice-presidente da UMP

A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) está na fase final do desenvolvimento de um modelo avançado de serviço de apoio domiciliário (SAD). Os resultados desta atividade do projeto de Capacitação da UMP, financiado pelo POISE, serão apresentados às Misericórdias no próximo mês de abril. Para a construção desse novo modelo os contributos das Santas Casas são fundamentais, apelou o vice-presidente da UMP.

Segundo Manuel Caldas de Almeida, que também é responsável do Secretariado Nacional pela área do envelhecimento, o novo modelo de SAD está a ser desenvolvido em parceria com o Instituto Cintésis (da Universidade de Medicina do Porto), Instituto Pedro Nunes (da Universidade de Coimbra), Escola Superior de Enfermagem do Porto e Universidade Lusófona. O objetivo deste trabalho com as universidades é “capacitar a UMP para poder apoiar as Misericórdias no que respeita ao SAD, identificando os diferentes ângulos e perspetivas dos desafios estruturais desta resposta social”.

Para o efeito, “fixaram-se seis eixos estratégicos (saúde, segurança, comunicação, socialização, atividades de vida diária e cuidador formal e/ou informal) que têm como denominador comum a implementação de soluções tecnológicas, trazendo a tão desejada modernização ao SAD”.

Manuel Caldas de Almeida refere ainda que ao longo deste trabalho foi necessário auscultar as Misericórdias sobre as suas necessidades e objetivos reais em sede de apoio domiciliário e por isso foi lançado um pré-questionário em novembro do ano passado.

Ao todo foram recolhidos contributos de 153 Santas Casas e os resultados dão nota “das necessidades de adaptação da resposta social e das próprias instituições àquela que é a nova realidade da população”.

Entre outros indicadores, esta primeira auscultação às Misericórdias revela que 6% dos seus utentes de SAD recorrem atualmente a entidades privadas para a prestação de outros serviços. Ou seja, o atual modelo não está a suprir todas as necessidades dos idosos e suas famílias.

Estas e outras conclusões, continua o vice-presidente da UMP, necessitam de ser aprofundadas e por isso foi lançado um novo inquérito, mais completo, no qual “a participação de todas as Misericórdias é crucial não só para a finalização do modelo avançado de SAD, mas também para todas as negociações com o governo”.

“Pretende-se com este trabalho desenvolver o futuro modelo de prestação de cuidados em apoio domiciliário, que se quer participado pelas Misericórdias numa primeira fase com a resposta ao inquérito enviado e depois com a participação no documento final”. Recorde-se que o modelo avançado de SAD se insere numa estratégia alargada da UMP para dar resposta aos desafios do envelhecimento.

Para mais informações, consultar a circular Capacitação UMP 01/2020.

Recordamos que o prazo para resposta ao inquérito foi alargado até ao dia 5 de fevereiro. Responda clicando aqui