O acordo marca um passo significativo na integração de cuidados de saúde hospitalares com a rede social e solidária, reforçando a resposta da instituição aos seus utentes em lar de idosos.
Para a Misericórdia de Ovar, esta adesão representa uma evolução natural do trabalho desenvolvido junto dos seus utentes e um contributo decisivo para o reforço da articulação entre os serviços sociais e de saúde. O administrador da instituição, Eduardo Pereira, sublinha que os principais beneficiários deste protocolo são os doentes.
Segundo o responsável, “o lar assegura os melhores cuidados sociais e o hospital disponibiliza os melhores cuidados de saúde. A conjugação da hospitalização domiciliária permite que os utentes que reúnam condições clínicas e que aceitem este modelo possam permanecer na instituição, sob vigilância e acompanhamento médico e de enfermagem do hospital.
Eduardo Pereira sublinha que “as infeções hospitalares são hoje um dos principais riscos para pessoas idosas e fragilizadas e, neste modelo, os doentes estão mais protegidos e mais tranquilos, o que contribui para uma recuperação mais serena e segura”.
Para o administrador, a hospitalização domiciliária é “um dos caminhos que Portugal deve seguir” perante o desafio do envelhecimento populacional. “O país é o quarto mais envelhecido do mundo. Isso traz pressões enormes sobre os equipamentos sociais e de saúde.
Temos de ensaiar modelos diferentes e a hospitalização domiciliária é um deles, mas também é preciso reforçar os serviços de apoio domiciliário, tornando-os mais robustos, com mais cuidados de saúde, imagem e dignidade para as pessoas.”
A ULS tem hospitalização domiciliária há sete anos e já tratou mais de 2300 doentes.
Voz das Misericórdias, Vera Campos