Cerca de 130 pessoas marcaram presença na segunda edição das Jornadas de Psicogeriatria organizadas pela Misericórdia de Vila Velha de Rodão. Dedicado aos novos paradigmas do envelhecimento, o evento reuniu dirigentes e técnicos (fisioterapia, gerontologia, enfermagem, psicologia, serviço social, etc) num debate alargado sobre liderança e gestão de instituições, tecnologia, sexualidade e espiritualidade na terceira idade.

Depois do “sucesso” da primeira edição, a comissão organizadora decidiu repetir a iniciativa, convidando investigadores e técnicos com diferentes perspetivas sobre os desafios associados ao envelhecimento.  “Quisemos trazer à discussão temas diferentes e proporcionar um dia de partilha e reflexão com efeito prático no dia-a-dia dos técnicos. Este tipo de eventos acontece com pouca frequência nesta zona”, revelou Ana Filipa Brás, membro da organização.

No decorrer das jornadas, a abordagem teórica foi complementada com demonstrações práticas, no caso do painel dedicado à tecnologia assistida ao idoso, com a colaboração de um utente da Misericórdia anfitriã, e foi possível conhecer algumas opções disponíveis no mercado através de uma mostra de dispositivos tecnológicos. 

Entre os oradores, esteve também um ator do grupo de comédia de improviso “Commedia à la Carte”, Carlos M. Cunha, que ajudou a destacar a importância do improviso na dinâmica das instituições. “Lidamos com pessoas e situações imprevisíveis e é importante sermos flexíveis e sabermos adaptarmo-nos a cada circunstância”, justificou Ana Filipa Brás.

Para a coordenadora das diretoras técnicas, “o envelhecimento deve ser visto num outro prisma, através de uma abordagem multidisciplinar e abrangente que vá de encontro às novas necessidades dos idosos”. Na Misericórdia de Vila Velha de Rodão, essa adaptação tem passado pela implementação de novas metodologias, parcerias com universidades (Instituto Politécnico de Castelo Branco), formação e atualização de conhecimentos dos técnicos. “Temos o privilégio de ter uma mesa administrativa com abertura para isso”.

Entre as instituições na plateia, estiveram treze Misericórdias de Castelo Branco e distritos vizinhos (Tomar, Arez, Montalvão, Celorico da Beira, Castelo Branco, Nisa, Rosmaninhal, Proença-a-Nova, Idanha-a-Nova, Sarzedas, Sobreira Formosa, Alcafozes e Alpedrinha).

Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas