A Misericórdia de Angra do Heroísmo distinguiu dez colaboradores, com prémios de mérito profissional, e atribuiu menções honrosas a 61 funcionários, no âmbito de um modelo de avaliação de desempenho que envolveu cerca de 177 funcionários da instituição.

 

Contribuir para a melhoria do desempenho profissional e qualidade dos serviços prestados foi um dos objetivos da iniciativa implementada com a orientação da psicóloga Sabina Romão.

Segundo nota da instituição, a “discriminação positiva” dos funcionários, através da atribuição de prémios de mérito, permitiu reconhecer e valorizar as “pessoas que todos os dias dão corpo e fazem cumprir a missão da Misericórdia”. Para a mesária responsável pela área de recursos humanos, Lucília Fagundes, “mais do que o prémio, importa que os colaboradores vejam o seu trabalho reconhecido e sintam que vale a pena trabalhar na instituição”.

Depois de uma primeira fase de pesquisa e conceção de um modelo “adaptado à realidade das nossas instituições e diferentes carreiras profissionais”, os funcionários foram avaliados com base em entrevistas individuais e contributos dos responsáveis hierárquicos, colegas e utentes. “Pegámos nos modelos já existentes e adaptámos à nossa realidade e carreiras. Avaliar um enfermeiro não é o mesmo que avaliar um farmacêutico ou um educador de infância”.

No decorrer do processo, foi possível identificar as potencialidades e fragilidades dos colaboradores, as principais necessidades de formação e desenvolvimento de competências, aumentar a motivação das equipas e melhorar os processos de recrutamento.

Pelo caminho, os responsáveis encontraram “resistências” à implementação do projeto, que se esbateram com o diálogo e envolvimento nas diferentes fases do processo. “Como em qualquer processo novo, houve resistências, mas depois de explicarmos que não queríamos castigar ninguém, apenas potenciar o seu desenvolvimento, o projeto foi bem acolhido”.

No próximo ano, o objetivo da mesa administrativa é alargar o projeto de avaliação de desempenho aos técnicos superiores e cargos de chefia, não envolvidos nesta primeira fase.

Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas