Em 2020 são doze as Santas Casas que celebram cinco séculos de existência e dedicação à causa social. São 500 anos de vida marcados pelas causas que tem vindo a abraçar ao longo dos tempos, pelas pessoas que lá trabalham e por todos aqueles a quem diariamente prestam auxílio.

Alegrete, Almeida, Alvito, Campo Maior, Crato, Horta, Marvão, Monsaraz, Moura, Nisa, Soure e Torres Vedras são as Misericórdias cuja data de fundação remonta ao ano de 1520, quando reinava em Portugal D. Manuel I. Estas doze Santas Casas juntam-se assim às 72, num universo de 388 Misericórdias ativas, que já contam com mais de 500 anos.

Portalegre é este ano o distrito que conta com mais Santas Casas (Alegrete, Campo Maior, Crato, Marvão e Nisa) a chegar aos 500 anos. O distrito vizinho de Beja vem logo a seguir com as Misericórdias de Alvito e Moura. Os distritos de Coimbra, Évora, Guarda e Lisboa contam cada um com uma Santa Casa aniversariante, respetivamente, Soure, Monsaraz, Almeida e Torres Vedras. Nos Açores, a Misericórdia da Horta, única existente na ilha do Faial, faz as honras da casa. Em conjunto as Misericórdias que este ano completam cinco séculos de bem fazer apoiam diariamente quase 3000 pessoas, contanto para o efeito com 930 colaboradores diretos.

Para já, as Santas Casas ainda não divulgaram possíveis iniciativas para assinalar os 500 anos, mas ao longo de 2020 haverá certamente espaço para, junto das comunidades, louvar o passado e perspetivar o futuro destas instituições. 

Os cinco séculos de história destas instituições do setor social têm sido pautados por mudanças dos tempos e das vontades, mas as instituições que nasceram pela mão da Rainha Dona Leonor têm sobrevivido e adaptado a sua atividade às necessidades daqueles que diariamente apoiam, cumprindo sempre as 14 obras de misericórdia (sete corporais e sete espirituais) pelas quais se regem.

Ao longo do ano o jornal Voz das Misericórdias vai acompanhar as diversas iniciativas para comemoração dos cinco séculos das 12 Santas Casas fundadas em 1520.

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves