A Santa Casa da Misericórdia de Arganil vai homenagear no próximo dia 1 de Julho, no âmbito da Festa de Santa Isabel (Nossa Senhora da Visitação, padroeira das Misericórdias Portuguesas), três figuras emblemáticas da Igreja Portuguesa, oriundas da região da Beira Serra.

Para o provedor José Dias Coimbra, trata-se de “uma festa simples mas bonita” que tem como ponto alto a inauguração do Largo dos Três Bispos - na Mata das Misericórdias – em homenagem aos clérigos D. Eurico Dias Nogueira (bispo de Braga), D. João da Silva Campos Neves (bispo de Lamego) e D. João Alves Matoso (bispo da Guarda).

“O grande objetivo é não deixar cair no esquecimento três figuras ímpares. Entendemos que o futuro desta instituição e desta região só acontecerá se formos capazes de recordar e honrar o nosso passado”. 

O provedor da Misericórdia de Arganil explicou que no Largo dos Três Bispos cada um deles vai ter uma pedra com a figura decalcada do rosto e uma breve biografia com os momentos mais marcantes na vida pessoal e institucional de cada um.

“A ideia é que a Mata das Misericórdias seja também um repositório de uma memória coletiva. E eles fazem parte dessa memória”, sublinhou o responsável da Santa Casa.

Na conferência de imprensa de apresentação das festividades foi ainda revelado que foram convidadas várias entidades e personalidades. “Temos já algumas confirmações, nomeadamente o presidente da União das Misericórdias Portuguesas e estamos a aguardar as confirmações das dioceses de Braga, Guarda, Lamego e Coimbra “, para além da presença de algumas figuras públicas, como é caso do ator Sinde Filipe, que vai estar associado ao evento “porque na Mata das Misericórdias haverá um poema dele que será descerrado nesse mesmo dia”.

Recorde-se que após a inauguração do Largo dos Três Bispos será descerrado no átrio da sede da Santa Casa de Arganil um painel com as “14 obras de misericórdia” com a particularidade de cada uma das obras conter ilustrações da autoria de José Dias Coimbra, cujas telas serão ofertadas à instituição.


Voz das Misericórdias, Paulo Mattos Afonso