Iniciativa da Misericórdia de Azinhaga reúne à mesa mulheres de várias gerações. O objetivo é abrir as portas à comunidade

A Santa Casa da Misericórdia de Azinhaga organizou, no passado dia 03 de dezembro, mais uma edição do “Encontro de Mulheres”, iniciativa que junta à mesa mulheres de várias gerações daquela zona para momentos de partilha e convívio.

Num almoço que se prolongou pela tarde dentro, foi, como tem sido hábito, uma refeição farta e recheada de muitas conversas, marcadas pelo avivar de memórias, mas também de muita animação.

A organização destes encontros é assumida pela equipa do Centro Comunitário da Misericórdia de Azinhaga. Ricardo Santos, psicólogo clínico, integra esta equipa e é um dos dinamizadores destas iniciativas que servem, também, para “abrir a instituição à comunidade”, dando a conhecer o trabalho que realizam e as suas valências, uma vez que o encontro é destinado não apenas a utentes da instituição, mas também a todas que queiram participar.

“É um convívio interessante porque se juntam mulheres de várias gerações e experiências de vida totalmente diferentes”, sublinha.
Ricardo Santos explicou ao Voz das Misericórdias que a ideia de fazer esta atividade surgiu inspirada nos homens da terra: foram eles que começaram a realizar convívios regulares em torno de uma mesa farta e de dois dedos de conversa: tudo só para homens. 

Mas as mulheres resolveram seguir-lhes o exemplo e já lá vão 16 anos. A iniciativa, conta Ricardo Santos, tem sido um “enorme sucesso”, sendo que a média de participantes é de cerca de três dezenas em cada um dos cerca de cinco encontros anuais deste género.

O dia fica marcado, sobretudo, pelas recordações e pela gastronomia típica da terra onde nasceu o Prémio Nobel da Literatura, José Saramago. Este ano, foi confecionado bacalhau com mangusto, um prato tipicamente ribatejano, que deu o mote, também às comemorações do Natal.

Está já prometido, para breve, um novo encontro e, até lá, o grupo vai comunicando pessoalmente ou através das redes sociais, onde se vão partilhando fotografias e recordações.

Voz das Misericórdias, Filipe Mendes