Criada em parceria com o Graal, organização internacional responsável pelo Banco do Tempo, a nova agência de Beja “nasce com o propósito de fortalecer os laços comunitários, fomentar a cooperação entre cidadãos e valorizar o tempo como uma moeda de troca solidária”, explica Francisca Guerreiro, diretora dos Serviços de Ação Social da Santa Casa.
Segundo esta responsável, a Santa Casa tem vindo a “entrosar-se na comunidade” com “o objetivo de reforçar os laços de vizinhança e o sentido comunitário”. “Achámos que a Misericórdia tinha todas as condições para ter aqui uma agência e foi o que aconteceu”, conta.
Para Francisca Guerreiro, “a grande mais- -valia” deste projeto é “reforçar o sentido comunidade e de boa vizinhança” de antigamente. “Temos uma cidade pequena, mas que parece muito grande, em as pessoas estão mais distantes e a precisarem, às vezes, de deixarem de estar isoladas. A nossa intenção com a agência [do Banco de Tempo] é termos aqui um grupo que tenha vontade de dar e de receber”.
Mas como funciona o Banco do Tempo? Se na banca convencional tudo gira à volta do dinheiro, das taxas de juro e dos produtos financeiros, no Banco de Tempo são apenas as horas que contam, “trocando tempo por tempo”.
“Todos nós temos alguma coisa para dar e alguma coisa para receber”, nota Francisca Guerreiro, acrescentando que neste projeto “todas as horas valem o mesmo e o tempo é igual para todos”.
A nova agência de Beja do Banco de Tempo foi formalmente criada a 5 de junho, numa sessão que despertou enorme interesse e reuniu mais de 70 pessoas. “Tivemos casa cheia na inauguração, o que significa que as pessoas ficaram muito entusiasmadas com este novo projeto e já temos algumas inscrições como membros e muitas intenções de inscrição”, revela a diretora. Quanto ao futuro, a Misericórdia de Beja vai dinamizar “ações abertas à comunidade” para dar a conhecer o projeto e aumentar o número de pessoas inscritas, conclui a diretora dos Serviços de Ação Social.
Voz das Misericórdias, Carlos Pinto