Diante da situação causada pela pandemia de Covid-19 em que o país se viu mergulhado, o Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) da Santa Casa da Misericórdia de Braga registou um aumento na procura. Para apoiar a população mais vulnerável, o SAAS focou-se no combate ao desemprego e à quebra de rendimentos, proporcionando apoios alimentares e, em casos mais agudos, apoio ao pagamento de rendas e despesas de medicação.

Apesar deste súbito aumento, Bernardo Reis, provedor da Misericórdia de Braga, contou ao VM que todos foram devidamente apoiados, especialmente no campo alimentar. As cantinas sociais da Misericórdia aderiram à Rede de Emergência Alimentar local, o que se traduziu num aumento de 50 refeições diárias. No âmbito do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas, o número de utentes duplicou e, em parceria com as Juntas de Freguesia de São Victor e São Vicente, foram distribuídos cabazes alimentares e outros produtos de higienização para suprir as necessidades básicas e imediatas das famílias.

Num segundo plano, houve ainda trabalho desenvolvido em articulação com outras instituições para dar resposta a algumas necessidades de alojamento de emergência. Além da criação do centro de apoio temporário da Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Braga, em Nogueira, foram também acionados o Centro de Acolhimento e Emergência Social S. João Paulo II (CAES) e do Centro de Acolhimento e Formação Jovens em Caminhada (CAFJEC).

Segundo Bernardo Reis, entidades como a Cáritas e a Segurança Social foram os principais “aliados” diante do mar de solicitações nas questões financeiras. Conforme frisa o provedor, os atendimentos no SAAS ultrapassaram largamente as três centenas e “num futuro próximo estes números podem ainda vir a ter um crescimento exponencial”.

Voz das Misericórdias, Alexandre Rocha