Ajudar jovens em processo de transição para a vida ativa é o principal objetivo da nova valência da Misericórdia de Caldas da Rainha. O apartamento de autonomização foi inaugurado em agosto e dá resposta a quatro jovens, que terão apoio de técnicos e uma bolsa monetária.

Cátia Sancheira, coordenadora da nova resposta social da Misericórdia, explica que a valência permite "dar seguimento" à intervenção efetuada nas duas casas de acolhimento residencial da instituição. Destina-se a receber jovens a partir dos 15 anos, abrangidos com essa medida de promoção e proteção, que poderão ficar na casa “até aos 21 anos, caso solicitem a continuação da intervenção iniciada antes de atingirem os 18 anos, ou até aos 25 anos, sempre que existam, e apenas enquanto durem, processos educativos ou de formação profissional".

Composto por quatro quartos, uma sala de estar, uma cozinha, duas casas de banho e uma divisão para arrumos, o apartamento de autonomização resulta da reabilitação e adaptação de uma antiga casa de família comprada em tempos pela Misericórdia, localizada no centro da cidade, com fácil acesso à rede de transportes e serviços.

“É um espaço habitacional partilhado por quatro jovens, com idades aproximadas e com um ambiente estável, que estimula o desenvolvimento e a aquisição de aprendizagens relacionadas com a vida em grupo, bem como de valores sociais”, assinala Cátia Sancheira, frisando que “o contexto” proporcionado pela resposta “encoraja os jovens a serem responsáveis pelos seus atos e por si próprios”, permitindo que, gradualmente, desenvolvam competências pessoais e sociais necessárias para a vida independente.

O apartamento conta com uma equipa técnica composta por uma assistente social e uma psicóloga, que com os utentes trabalham áreas como a saúde física e mental, educação, formação e integração profissional, relacionamento familiar, gestão doméstica e gestão financeira, inserção em atividades comunitárias e preparação da saída. “A intervenção é ajustada às necessidades específicas”, com vista à “definição e concretização, em tempo útil, do projeto de vida dos jovens”.

Voz das Misericórdias, Maria Anabela Silva