Em alguns lares, o Natal não é sinónimo de mesa farta e é por isso que a Misericórdia de Carrazeda de Ansiães se empenha numa campanha de recolha e doação de alimentos para “dar de comer a quem tem fome”. É em nome da solidariedade comunitária que a população é desafiada “para atos altruístas e espírito de entreajuda”.

“Pelo terceiro ano consecutivo, o CLDS – CAUSA 3G, cuja entidade coordenadora é a Santa Casa da Misericórdia, lança a campanha ‘Caixa Solidária’ e, pela primeira vez, vamos desenvolver um ‘Desfile Solidário de Pais Natais’, onde toda a comunidade é convidada a contribuir com um género alimentício”, explica a coordenadora técnica do CLDS, Andrea Pinheiro.

Durante três dias, a comunidade vai colocando arroz, massas, conservas, entre outros alimentos, nas “caixas solidárias” distribuídas por seis superfícies comerciais ou entregam-nos nas instalações do CLDS. “Doar pode parecer uma atitude simples, mas para uma família que atravesse um momento tão delicado, essa atitude faz toda a diferença”, sublinha.

Nesta iniciativa estão envolvidos o agrupamento de escolas de Carrazeda de Ansiães e o clube da terra para chegar às camadas mais jovens. “Pretende-se fomentar, desde a idade precoce, valores essenciais e ações coletivas em prol dos demais. Aceder física e economicamente a alimento suficiente é essencial para a segurança de cada família.” 

Os bens angariados destinam-se às famílias residentes no concelho com vulnerabilidade económica ou privação alimentar, que estão sinalizadas pela Misericórdia ou pelas Juntas de Freguesia. Na semana que antecede o Natal, os cabazes são entregues nas residências pelas técnicas do CLDS. “Para além de colmatar as necessidades físicas, esta ação social de ajuda ao próximo pretende consolar e confortar emocionalmente, minimizando essas situações de vulnerabilidade social”, frisa Andrea Pinheiro. 

Em 2017, a campanha permitiu reunir “tantos cabazes como famílias sinalizadas”, são 20 no total. Contudo, o objetivo é que essa meta seja superada para abranger “o máximo de pessoas”.

Voz das Misericórdias, Patrícia Posse