As Misericórdias de Espinho e Campo Maior foram selecionadas, no início de janeiro, para fazerem parte do programa ‘Incorpora’, da Fundação La Caixa, juntando-se assim às congéneres de Albufeira, Maia, Évora, Porto e Vila do Conde na luta contra o desemprego de pessoas vulneráveis no território continental.

As Santas Casas de Espinho e Campo Maior passaram assim a pertencer à ‘Rede Incorpora’ e, para além de formação na metodologia deste programa, vão ainda receber uma contribuição a fundo perdido, no valor de 30 mil euros por ano, para promoverem ações que “melhorem a empregabilidade de públicos-alvo especialmente vulneráveis”, refere nota da Misericórdia de Campo Maior.

Implementado em Portugal em 2018, o programa ‘Incorpora’ tem como objetivo principal promover a contratação por parte de empresas portuguesas de pessoas em risco ou em situação de exclusão social. Em 2021, e para dar “uma resposta rápida e eficaz à crise provocada pela Covid-19”, o ‘Incorpora’ estendeu a sua rede de apoio a todo o país, aumentado de 44 para 58 o número de entidades apoiadas, refere comunicado da Fundação La Caixa.

Podem beneficiar do apoio da ‘Rede Incorpora’ jovens NEET (não estudam nem trabalham), desempregados de longa duração, com mais de 45 anos, ex-reclusos, ex-toxicodependentes, vítimas de violência doméstica, imigrantes, pessoas com deficiência ou incapacidade e, mais recentemente, pessoas cuja vida profissional foi afetada pela pandemia.

Em comunicado, a fundação explica que as entidades sociais que fazem parte da ‘Rede Incorpora’ “comprometem-se a dispor de um técnico de acompanhamento, responsável por dar apoio personalizado aos beneficiários, acompanhando-os antes e durante o processo de contratação, bem como de um técnico de prospeção empresarial, que deverá identificar e visitar empresas, procurando oportunidades de trabalho para os beneficiários”.

O programa ‘Incorpora’, que conta com a colaboração do BPI e do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), criou, em 2020, 1333 postos de trabalho em Portugal continental, contando para isso com a colaboração de 508 empresas de norte a sul do país.

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves