A Santa Casa da Misericórdia de Mangualde inaugurou, a 17 de novembro, as obras de implementação de medidas de proteção contra incêndios no Lar Nossa Senhora do Amparo e o novo jardim intergeracional. A obra, que demorou seis meses até estar concluída, teve um custo de 200 mil euros e foi financiada pelo Fundo Rainha Dona Leonor (FRDL) em 50%.

“Esta obra teve como fim prioritário implementar medidas de segurança contra incêndios no Lar Nossa Senhora do Amparo” começou por dizer ao VM José Tomás, provedor da Misericórdia de Mangualde. “O edifício está construído há 24 anos e não tinha essas medidas de acordo com a legislação em vigor, era um imperativo legal. Neste momento é com enorme satisfação que dizemos que estamos adequados à legislação”, refere.

O Lar de Nossa Senhora do Amparo, que acolhe 75 utentes, ficou assim dotado de todas as medidas de segurança contra incêndios e para isso foi implementada uma central de manutenção, sensores de fumo e gás, portas corta-fogo, claraboias de desenfumagem, uma escadaria de evacuação, entre outras coisas. Mas a obra não se fica por aqui. “Aproveitámos este trabalho no interior para adequar o espaço e dotá-lo de algum design moderno, mais apelativo. Fizemos aqui uns retoques interessantes no interior do lar”, afiança o provedor. 

Para além de requalificar o lar da Misericórdia de Mangualde, o investimento também beneficiou o jardim exterior que, segundo o provedor, era usado pelos meninos da creche e pelos idosos e, por isso, necessitava de ter um “caráter mais intergeracional”.

“Quisemos dar-lhe as condições adequadas para os meninos usarem o parque infantil e também mais condições para que os idosos o possam usar”, referiu José Tomás. Dizendo ainda que o jardim passou a ser “um espaço que vai permitir desenvolver um conjunto de ações multigeracionais e, portanto, dar mais qualidade de vida aos utentes, sobretudo, com a prática de exercício físico e momentos de lazer e convívio entre os mais novos e os mais velhos”. 

Esta obra beneficia diretamente os 75 utentes do lar e as 42 crianças da creche e só foi possível, segundo José Tomás, graças ao FRDL. “A obra prioritária era de facto a segurança contra incêndios no lar, que nos era exigida por lei, e acabámos por ter a oportunidade de fazermos duas obras com o custo de uma. Portanto, se não fosse o Fundo Rainha Dona Leonor só ficaríamos pela obra de imperativo legal”.

Fundada em 1613, a Misericórdia de Mangualde apoia 230 pessoas por dia, contando com cerca de 140 funcionários. Recorde-se que o FRDL, criado pela Santa Casa de Lisboa em parceria com a UMP, já apoiou 81 Misericórdias em todo o país.

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves