“Após estes três anos de pandemia, em que aumentaram os pedidos de ajuda à Santa Casa, quisemos perceber, em conjunto com os parceiros sociais, como dar uma melhor resposta às pessoas que se dirigem a nós”, começou por dizer Ilda Nunes, provedora da Misericórdia parisiense, ao Voz das Misericórdias.
Assim, na abertura das Jornadas Solidárias da Misericórdia de Paris, que decorreu no Consulado de Portugal em Paris, teve lugar uma mesa-redonda na qual se debateu a questão da assistência social e da segurança social, bem como a ação e que tipo de intervenção pode cada instituição fazer junto dos portugueses que residem em França. Manuel de Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, foi um dos presentes neste debate, onde aproveitou para deixar palavras de alento para todos os voluntários da Misericórdia parisiense.
O segundo dia de trabalhos começou com um encontro, na sede social da Misericórdia, onde estiveram presentes 14 representantes de diversas associações de solidariedade francesas e portuguesas e que serviu para alinhavar “ideias de parceria para o futuro” e “estruturar o apoio para a campanha de Natal”, referiu a provedora.
O dia terminou com o jantar de gala solidário, com a participação de 266 pessoas e cujos lucros revertem para a campanha de Natal da instituição, que arrancou nesse dia e dura até 15 de janeiro de 2023.
Esta é uma campanha anual de recolha de bens alimentares não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, roupas, entre outros, que depois são distribuídos por famílias carenciadas que, ao longo de todo o ano, procuram ajuda na instituição. Ilda Nunes relembra que “a miséria não tem nacionalidade” e por isso “ajudamos quem nos faz apelo”, disse, assumindo, no entanto, que a grande maioria dos que pedem apoio são cidadãos portugueses.
As jornadas terminaram com uma missa no Santuário de Nossa Senhora de Fátima e com um convívio com as comunidades católicas portuguesas.
Para Ilda Nunes estas jornadas traduziram-se em “três dias intensos, de muito trabalho, mas que correram muito bem” e onde foi possível encetar esforços para que quem mais precisa de ajuda, no território francês, possa ser auxiliado de forma célere”.
Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves