A Santa Casa da Misericórdia de Semide, no distrito de Coimbra, é uma instituição ainda jovem, comparando com algumas das suas congéneres já com 500 anos de história, mas necessita de obras de requalificação e de adaptação aos novos tempos e necessidades.

Assim, em abril de 2021, esta instituição particular de solidariedade social assinou, com a Câmara Municipal de Miranda do Corvo, um protocolo de colaboração financeira, no valor de 60 mil euros, que visa apoiar a realização das ditas obras de requalificação e melhoramento no edifício da sua sede, junto do Pavilhão Gimnodesportivo, na Quinta da Botica.

O atual provedor da Misericórdia de Semide, cujo mandato iniciou em 14 de janeiro de 2019, “consciente do caminho que a instituição tem de percorrer relativamente às respostas que quer dar à comunidade”, pretende que “as contas deem certo”, mas não deseja descuidar a missão de serviço público, sobretudo a nível da ação social a crianças e idosos, através das valências de creche, serviço de apoio domiciliário e centro de dia.

Armando Ferreira esclarece ao VM que as obras ascendem a cerca de 120 mil euros, com o objetivo de “melhorar as acessibilidades, sobretudo no que respeita à lavandaria”, separando as vias de circulação da roupa suja e da lavada, que até agora “se têm cruzado na sala do centro de dia”.

“Além dos acessos, vamos alargar a sala do centro de dia, tratar dos balneários para o pessoal [auxiliar e técnico] e também de alguns trabalhos nas casas de banho da creche, entre outros, dadas as exigências atuais”, nota o provedor da Misericórdia de Semide, referindo-se ainda às obras inerentes à proteção contra incêndios, incluindo uma escada de emergência no exterior do edifício, e às intervenções previstas no âmbito das medidas de autoproteção. Atendendo a um orçamento apresentado pela anterior direção (ou mesa), parte destas obras já contou com a comparticipação de 41.486,44 euros do Fundo Rainha D. Leonor.

Voz das Misericórdias, Vitalino José Santos