Depois de estabilizada a situação no concelho do Nordeste, que afetou a Santa Casa local, as 23 Santas Casas que integram a União Regional das Misericórdias dos Açores (URMA) mantêm-se vigilantes e empenhadas na preservação da saúde e bem-estar de profissionais e utentes, famílias e comunidade, em articulação com as autoridades de saúde e Governo Regional.

Em pleno período estival, o presidente da URMA e provedor da Santa Casa de Angra do Heroísmo informou que a “situação continua estabilizada, com as autoridades locais a fazer um controlo rigoroso ao nível do rastreio e no acesso à região, em cooperação com as autoridades policiais”.

Em declarações ao VM, em meados de julho, Bento Barcelos adiantou ainda que as 23 Misericórdias da região “mantêm os seus planos contingência, sempre sob atualização necessária, tendo para os próximos tempos uma perspetiva de manutenção e avaliação desses planos, abertura cautelosa e responsável dos equipamentos”.

Até ao momento, a única Santa Casa com casos de infeção na região foi a de Nordeste, “num contexto excecional, que não resultou de nenhum incumprimento de normas”, gerando uma onda de solidariedade e compromisso institucional entre as 23 Misericórdias da URMA.

Num comunicado divulgado no início de maio, as congéneres açorianas lamentaram a situação que “afetou com extrema gravidade” a estrutura residencial para idosos da Santa Casa do Nordeste e “expressaram, pesarosamente, solidariedade e condolência” ao provedor, membros dos órgãos sociais, irmãos, profissionais, utentes e familiares.

No mesmo documento, as irmandades do arquipélago destacaram a cooperação permanente com as entidades públicas competentes com vista ao cumprimento das orientações, “num processo contínuo e de envolvimento dos provedores, mesários e profissionais”.

No dia 09 de agosto, a Autoridade de Saúde Regional registava 27 casos positivos ativos na região, todos eles na ilha de São Miguel. No mesmo período, o Governo Regional dos Açores anunciava um conjunto de 250 medidas presentes na agenda para o relançamento social e económico das ilhas no pós-pandemia.

Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas