O projeto “Alimentação saudável, vida saudável – Combate ao desperdício alimentar” da Misericórdia de Vale de Cambra foi um dos 23 vencedores do Donativo Missão Continente 2017-2018.

O prémio, no valor de 15 mil e 482 euros, foi entregue à Santa Casa no passado dia 9 de maio.

Combater o desperdício alimentar e alertar para os benefícios de uma alimentação saudável é o mote do projeto que, em nove meses, prevê a criação de uma quinta pedagógica, com um pomar e criação de animais; a criação de uma horta biológica; a instalação de um ponto de frio para conservação de alimentos hortícolas e frutícolas; a captação de água para irrigação e ainda construção de um centro de compostagem de modo a produzir fertilizante natural. Um projeto “audaz e ambicioso” que deixa António Pina Marques, provedor da Misericórdia de Vale de Cambra, “muito orgulhoso do trabalho que se está a realizar na instituição”.

Segundo o provedor este projeto vai permitir à Santa Casa “diminuir alguns gastos” na aquisição de bens alimentares e na limpeza de terrenos. E ainda contribuir para “que não haja tantos resíduos sólidos urbanos nos contentores da Santa Casa”.

Para além das questões ecológicas e financeiras, o projeto assume “também uma importante vertente pedagógica” uma vez que, segundo António Marques, vão ser realizadas “sessões de sensibilização, junto dos utentes da Misericórdia e da comunidade em geral, sobre alimentação saudável e a eliminação dos desperdícios alimentares”. Também estão previstas ações de “agricultura para os seniores e crianças de modo a perceberem como tudo funciona”.

Na entrega do prémio, e em representação do Continente, esteve Laura Pereira que felicitou a Misericórdia pela “excelente iniciativa” afirmando que “espera em breve conhecer a quinta pedagógica e assistir a uma das sessões que vão desenvolver com os seniores e crianças”.

Para o provedor da Misericórdia de Vale de Cambra este prémio veio “ajudar a alavancar o projeto e fazê-lo crescer mais rápido”, considerando-o também como “um reconhecimento do trabalho” que está a ser desenvolvido na instituição em questões ambientais.     

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves