Cinco voluntárias da Cruz Vermelha estiveram na Santa Casa de Viana do Alentejo para apoiar em todas as atividades e necessidades

Há mais de um ano que Portugal e o mundo travam uma batalha contra a pandemia da Covid-19 que já infetou mais de 700 mil pessoas no país. Um vírus que afasta as pessoas, mas que, apesar de tudo, demonstra o lado bom e dedicado do ser humano. Em momentos de dificuldade todas as ajudas são uma alegria e assim foi na Misericórdia de Viana do Alentejo, onde voluntárias da Cruz Vermelha Portuguesa se dedicaram de corpo e alma às pessoas desta instituição para que o vírus não vencesse.

Foi no passado mês de janeiro que um surto de Covid-19 surgiu na Misericórdia de Viana do Alentejo, mais concretamente no Edifício Rossio. Um surto que assolou a instituição e que no total infetou 66 utentes e 20 funcionárias, tendo falecido 20 dos utentes. Para apoiar no cuidado aos idosos foi acionada uma Brigada de Intervenção Rápida (BIR) da Cruz Vermelha Portuguesa. Esta BIR permaneceu cerca de um mês na instituição e “foi uma ajuda preciosa”, como refere o provedor, Rui Pão Mole ao VM.

Num momento de dificuldade para a Misericórdia de Viana do Alentejo a ajuda destas voluntárias “foi essencial não só na própria instituição em termos de limpeza, por exemplo, como também na ajuda de alimentação e apoio aos utentes”.

Como explica o provedor, numa altura em que grande parte das funcionárias não estavam na instituição pois estavam infetadas, a BIR da Cruz Vermelha “ajudou a que a instituição conseguisse prosseguir e continuar o seu trabalho”.

No total foram cinco as voluntárias da Cruz Vermelha que estiveram na instituição e que apoiaram em todas as atividades e necessidades do dia a dia.

Atualmente este surto de Covid-19 já se encontra resolvido, como confirma Rui Pão Mole: “Neste momento a situação está controlada, não temos qualquer caso ativo em termos de idosos e relativamente a funcionárias penso que tínhamos uma há algum tempo, mas que nesta altura poderá já estar curada”.

Durante o período crítico do surto houve utentes que foram transferidos para a Zona de Concentração de Apoio à População, sendo que também estes já regressaram à instituição.

Quanto à vacinação contra a Covid-19 existe um pólo “onde já foram vacinados alguns idosos, apenas não foram aqueles que apresentavam patologias de alergias e que têm de ser vacinados em ambiente hospitalar”. Já no Edifício Rossio, o processo iniciou no passado dia 24 de março, mas apenas para os idosos que deram sempre negativo.

No entanto, para que os idosos voltem ao contacto mais próximo com as famílias, para além das videochamadas, durante este mês de março já foram retomadas as visitas, com as devidas normas de segurança. 

Voz das Misericórdias, Joana Penderlico Mouquinho