Em declarações ao VM, o provedor Armindo Vicente contou que esta não é a primeira vez que a Misericórdia apoia as forças municipais de segurança. “Já aconteceu em várias situações”, disse, recordando que o apoio pode acontecer em situações de catástrofe, como incêndios, ou casos mais individualizados, como apoio a vítimas de violência, entre outros.
O apoio prestado pela Misericórdia, desta vez, passou essencialmente por questões de logística, como refeições, bens de primeira necessidade, vestuário e ajudas técnicas, como cadeiras de rodas, tanto para os migrantes como para os agentes de autoridade.
Desde a primeira hora, contou Armindo Vicente ao VM, “estabelecemos uma colaboração direta com a Proteção Civil e as autoridades locais para coordenar uma resposta eficaz”.
“As ações imediatas incluíram a distribuição de roupas e kits de higiene. De forma contínua, assumimos a responsabilidade pela alimentação de todo o grupo, incluindo os militares presentes, o que exigiu uma rápida adaptação das nossas cozinhas para respeitar os seus hábitos alimentares e por implicar centenas das várias refeições do dia”, contou ao VM.
Além disso, continuou, vários funcionários e técnicos ficam em prontidão para alguma resposta mais emergente e diferenciada que fosse necessária. No total, esta operação de apoio aos migrantes, que chegaram a Portugal pela praia Boca do Rio no dia 8 de agosto, mobilizou cerca de 15 elementos da equipa da Misericórdia.
Este episódio, conclui o provedor, reforça a missão das Misericórdias, que passa por “atuar de forma presente e decisiva, ainda que com a discrição que nos caracteriza, sempre ao lado de quem mais precisa”.