A Misericórdia do Vimieiro inaugurou uma nova ala do lar de idosos, reabilitada com apoio do Fundo Rainha Dona Leonor

A Santa Casa da Misericórdia do Vimieiro inaugurou, no passado dia 21 de junho, um conjunto de novos equipamentos no lar de idosos, obra apoiada pelo Fundo Rainha Dona Leonor (FRDL).

Na celebração simbólica do momento estiveram presentes o provedor da instituição, Aurelino Ramalho, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, e o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel de Lemos, entre muitas outras entidades.

Após estas obras, que tiveram um apoio de 300 mil euros do FRDL, a Misericórdia do Vimieiro passa agora a dispor de mais seis quartos com duas camas cada um, uma sala de estar, dois escritórios e casas de banho espaçosas, sendo que todo o andar, que foi renovado, é ainda composto por aquecimento central e ar condicionado em cada divisão.

Aurelino Ramalho referiu ao VM que estas alterações surgem da necessidade de melhorar a qualidade dos serviços, pois havia o reconhecimento de que o edificado já não estava a corresponder à necessidade de conforto de alguns utentes em situação de maior dependência. O provedor acredita que esta obra é apenas um incentivo para começar. “Aproveitámos o FRDL para fazer a requalificação de um primeiro andar muito antigo e sem condições. Temos de dar à nova geração de idosos tecnologias diferentes, maneiras de tratar diferentes e é isso que estamos a apostar no Vimieiro, uma terra do interior, pequenina, mas que respeita muito as pessoas que aqui estão, as que trabalham e as que usufruem deste estabelecimento”.

O Fundo Rainha Dona Leonor nasceu em 2015, criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP), com a convicção de que as boas causas devem sair das fronteiras da capital, sendo que ao longo destes anos já foram apoiados 143 projetos e atribuídos mais de 23 milhões de euros. Neste contexto, Edmundo Martinho afirma que através do Fundo tem vindo a ser assegurada, cada vez mais, a qualidade de vida dos utentes e trabalhadores, através da reabilitação e modernização de espaços.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa acredita que durante todo o processo o trabalho difícil recai sobre “quem está nos territórios, confrontando-se muitas vezes com imensas dificuldades” e deixou, por isso, “uma palavra de um grande louvor e gratidão a todos aqueles que pelo país inteiro fazem das tripas coração e que às vezes com recursos tão escassos conseguem fazer milagres. É esse exemplo que vemos aqui no Vimieiro, neste lar renovado. Este espaço é exemplo de uma resposta que respeita o sentido da humanidade de cada pessoa, a sua individualidade e que trabalha em benefício do seu bem-estar. Isso deve-se ao grande empenho da Misericórdia do Vimieiro, em particular, e da União das Misericórdias Portuguesas”.

Sobre o futuro do FDRL, Edmundo Martinho garante ao VM que é um projeto para continuar “enquanto as Misericórdias considerarem que é um apoio adequado e que se justifica”. Demonstra ainda total disponibilidade da Misericórdia de Lisboa para projetos futuros, referindo: “Se não houver disponibilidade, energia e empenho em fazer melhor as coisas, não há dinheiro nenhum que o valha”.

A inauguração deste piso renovado na Misericórdia do Vimieiro, cujas obras iniciaram em setembro de 2019, é a primeira fase de um projeto que irá requalificar toda a resposta de apoio a idosos. Esta primeira fase teve o apoio do FRDL e as restantes contam com o apoio do Programa Operacional (PO) Alentejo 2020, que para o presidente da UMP é a imagem “das melhores sinergias num país com pequenos recursos”. Manuel de Lemos garante: “o que estamos a fazer aqui é exatamente aquilo a que nos propomos no FRDL: melhorar a qualidade, melhorar a resposta, tornar a vida dos nossos idosos mais digna e assegurarmos a sua cidadania na fase final das suas vidas”.

O presidente da UMP revela que este espaço superou as expetativas e aponta o empenho excecional do provedor da Misericórdia do Vimieiro e da equipa do FRDL. “Esta obra é o exemplo daquilo que pretendíamos quando constituímos o Fundo. Isto é, fazer coisas simples, mas que dignifiquem o cuidado que prestamos às pessoas nas instituições. Cada uma destas pessoas vai ter uma vida melhor e o que importa é que as pessoas, quando entrarem neste espaço, vão esboçar um sorriso e isso compensa todo o nosso esforço”.

Voz das Misericórdias, Joana Mouquinho Penderlico