Misericórdia de Arez lançou uma obra que preserva a memória histórica da sua comunidade, resguardando-a para futuras gerações.

Começou por ser um desafio que surgiu no âmbito das Jornadas de História Local de Arez, realizadas a 21 de outubro de 2017, e em apenas um ano o livro “Arez Quinhentista: contributo para a sua História” passou a ser uma realidade. Uma obra sonhada e muito desejada, cujo dia de lançamento será lembrado na história da Misericórdia de Arez como “histórico e memorável da sua, já longa, história”. 

Da autoria de Ana Santos Leitão, Joana Balsa Pinto, José Dinis Murta e Patrícia Monteiro, e editada pela Edições Colibri, esta obra, como destacou a provedora, surge em resposta à participação que as jornadas tiveram. Trata-se, segundo Maria José Mandeiro, de “um testemunho inequívoco de valorização das mesmas por parte da comunidade, e, mais uma vez, a capela da Misericórdia encheu para receber esta obra”. 

A provedora fez questão de, publicamente, agradecer a todas as pessoas e entidades que apoiaram e patrocinaram este projeto, fazendo uma referência especial aos autores. “Acarinharam-no desde o primeiro momento. Dia a dia, generosamente o cuidaram e fizeram crescer. Lutando com tempos curtos face às suas ocupações, ultrapassaram as barreiras da distância física que existia entre a editora, os autores e a Misericórdia. Diria mesmo que se constituiu uma excelente equipa de trabalho”, afirmou a provedora. 

Num dia “carregado de simbolismo” e a “remeter para o passado, mas também para o futuro, por relembrar a história, mas também a sua preservação para as gerações futuras”, Maria José Mandeiro destacou o facto de que este livro permite que “mais uma parte da memória de Arez esteja agora elucidada, resguardada e preservada para as próximas gerações. Este livro ajuda a reforçar a identidade, o sentimento de pertença a Arez”, cuja história “é única e irrepetível”. 

Na presença dos autores, de várias entidades e sobretudo da comunidade de Arez, coube a Mariano Cabaço, responsável do Gabinete do Património Cultural da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), fazer a apresentação deste livro que perpetua nas suas páginas a memória histórica de Arez.

Realçando a importância deste projeto editorial “pelo que ele representa para memória futura de uma comunidade”, Mariano Cabaço destacou “a sensibilidade deste investimento que, numa Misericórdia de pequena dimensão, nunca se afigura de decisão fácil e, por isso, merece maior destaque e elogio. Estão de parabéns porque no universo das Misericórdias portuguesas, Arez já se destacou muito positivamente por esta iniciativa”, afirmou.

O responsável do Gabinete do Património Cultural da UMP disse ainda que os quatro estudos científicos que compõem a obra, embora pareçam de temáticas diferentes, se interligam e complementam, o que permite ao leitor fazer uma viagem, no tempo e no espaço, pela história de Arez. “Diria que, sem grande esforço, podemos ver nestes textos a organização social, política e religiosa desta comunidade”.

Mariano Cabaço concluiu dirigindo uma palavra de apreço à Misericórdia de Arez. “O que a Misericórdia empreendeu com esta publicação, e com as comemorações que a antecederam, foi perpetuar a memória, homenagear pessoas e promover ideais que representam a identidade desta comunidade. Prestaram um relevante contributo ao conhecimento, à cultura, mas também à autoestima das pessoas que, direta ou indiretamente, se revêm nos conteúdos deste livro. 

“Esta edição, mais do que uma compilação de textos e imagens, é uma homenagem e representa um valioso exemplo a seguir por outras instituições” e “constitui um repositório de memória e um incentivo de trabalho para as gerações que nos sucederem nos destinos das Misericórdias”.

Voz das Misericórdias, Patrícia Leitão