A União das Misericórdias Portuguesas, os seus dirigentes e colaboradores ficaram profundamente sensibilizados com a oferta da imagem de Santa Bárbara e do Crucifixo.

A doação, que nos transporta para uma das mais belas tradições das Misericórdias, recorda o ato voluntário da entrega e a vontade de perpetuar a vida dos objetos e a fruição do belo.

Apesar desta oferta ter sido feita com total discrição e numa atitude de enorme significado e simbolismo, dispensando, a seu pedido, agradecimentos formais, não podemos deixar de lhe manifestar o nosso profundo apreço por este gesto.

Seguindo umas das mais significativas práticas das Misericórdias, cumpre-nos fazer tributo desta doação.

Sabendo-a leitora assídua do Voz das Misericórdias, aqui deixamos o compromisso de fielmente acolher, cuidar e estimar as peças que nos ofereceu, dando-lhes, neste contexto da UMP, uma nova vida.

Fazemo-lo pelo significado do gesto e, muito em especial, pela motivação da decisão, pois revela o cuidado que dispensamos às coisas que amamos.

Porque o património encerra em si um potencial de atitudes e motivações, queremos, nestas singelas palavras, dizer-lhe o quanto apreciámos a sua decisão.

Bem sabemos que estas peças, para além da importância artística e material, encerram um enorme valor sentimental e espiritual.

Agradecemos a oferta pelo valor plástico e artístico e pela invocação das temáticas representadas.

Agradecemos a oferta, recordando a memória de todos os que ao longo de gerações foram devotos destas imagens e a elas rezaram em prece ou gratidão.

Agradecemos a oferta destas peças, pelo que eles significaram para si e pelo cuidado afetivo que lhes dedicou em toda a sua vida. Serão cuidadosamente expostas com a dignidade e devoção que merecem.

Creia-nos profundamente reconhecidos por esta doação.

Certamente, e tal como referiu, o maior agradecimento já o recebeu e a recompensa está por certo reservada e à sua espera.

Até sempre.

 

Voz das Misericórdias, UMP