A igreja da Misericórdia da Santa Casa de Mangualde, datada do século XVIII, está a ser alvo de obras de restauração e conservação profundas. Os trabalhos começaram no início do mês de julho e prevê-se que estejam concluídos até finais de abril de 2019.

“Ao longo do tempo têm sido feitas algumas intervenções de restauro e reforma, mas era necessário fazer a nível exterior uma grande obra de impermeabilização da igreja e do edifício contíguo.  No interior da igreja os retábulos, os tetos e os granitos pintados também vão ser restaurados”, disse ao VM o provedor da Santa Casa de Mangualde, José Tomás.  

As obras começaram precisamente pelo exterior do edifício para que em setembro possa ter início o restauro e requalificação do interior de toda a igreja. 
Esta intervenção vai permitir, de acordo com o provedor da Santa Casa, que a igreja possa estar aberta todos os dias, com um horário fixo, considerando que esta medida "é uma mais-valia para o território, porque quem nos visita vai poder ver um edifício classificado como imóvel de interesse público”. 

Para além das obras na igreja, o pátio adjacente ao edifício e um salão polivalente também vão ser intervencionados para ganharem nova vida. A ideia é, segundo o provedor, criar ali um polo cultural. 

Um dos objetivos desta empreitada é criar “um espaço de acolhimento ao visitante, com conteúdos sobre Mangualde”, referiu José Tomás, dizendo ainda que a ideia é “que este edifício seja um polo de alguma vida cultural com uma programação anual de concertos ao ar livre, teatro, exposições e eventos diversos ao longo do ano”. 

Em conversa com o VM, José Tomás disse que os trabalhos deverão estar concluídos até abril de 2019, sendo essa a altura escolhida para a inauguração das obras de requalificação da igreja. Na mesma altura será ainda apresentado o cartaz cultural para o novo espaço, que, segundo o provedor, “não vai ser de uso exclusivo da Misericórdia, será partilhado com outras entidades”.

As obras de restauro da igreja da Misericórdia de Mangualde vão ter um custo de 315 mil euros, um investimento que é financiado a 90% de fundo perdido pelo programa Valorizar, sendo os restantes 10% assegurados pela Misericórdia.

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves