O projeto “Viver Património” teve o seu lançamento oficial durante a 11ª edição do Dia do Património das Misericórdias. Nesta data, as Santas Casas de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira assinaram o compromisso que formaliza a adesão à iniciativa lançada pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP), com o objetivo de promover, dinamizar e valorizar o património das instituições.

“A ideia surgiu no Ano Europeu do Voluntariado, por iniciativa da UMP, com o objetivo de abrir ao público o património das Misericórdias, espaços de memória, núcleos museológicos e salões nobres, com o envolvimento de voluntários”, adiantou Mariano Cabaço, responsável do Gabinete de Património Cultural da UMP, durante a sua intervenção, em Viana do Castelo.

Numa primeira fase, serão distribuídos documentos orientadores e manuais de acolhimento para os guias, seguindo-se pequenas ações de formação visando a aquisição de competências em áreas de conservação básica de bens artísticos, bem como no acolhimento de visitantes. Estão, desta forma, “reunidas as condições para a adequada promoção e eficaz dinamização do património das Misericórdias, num esforço conjunto entre UMP, Misericórdias e parceiros institucionais” que permite afirmar uma “identidade secular que se pretende renovada com ambição de futuro” conforme se lê no ofício de arranque do projeto.

Em curso estão também outros projetos de valorização do património das Misericórdias, pela equipa da UMP, de que são exemplo o programa de inventário que permite registar e conhecer o acervo das irmandades, em todo o país, a criação de um museu virtual das Misericórdias, e a iniciativa “Arte Contemporânea”, em parceria com a Cooperativa Árvore.

Na presente edição do Dia do Património, foi ainda apresentada o livro “Misericórdias: Património com Identidade”, que reúne exemplos das peças registadas, no âmbito do programa de inventariação do património móvel e integrado da UMP.

Voz das Misericórdias, Ana Cargaleiro de Freitas