A Capela dos Terceiros de São Francisco, mais conhecida como Capela Dourada, da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, está a ser alvo de obras de restauro e reabilitação, financiadas pelo Fundo Rainha Dona Leonor (FRDL), que envolvem o altar-mor, as molduras e as telas daquele espaço religioso.

António Monteiro, responsável pelo património da Misericórdia de Santarém, começou por dizer ao VM que “esta é uma obra há muito pretendida”, que tem figurado “como uma preocupação constante das mesas administrativas, mas que só agora, graças ao apoio do Fundo Rainha Dona Leonor, foi possível colocar em prática”.

As obras de intervenção, que começaram no início de junho, vão permitir, segundo o responsável, “restaurar e requalificar o altar-mor, de estilo barroco, as molduras e respetivas telas com representações de Santos da Ordem Franciscana”.

A pouco mais de um mês e meio de as obras estarem concluídas, os avanços são, segundo António Monteiro, notórios. “Apesar de estarmos com uma semana de atraso, está tudo a correr a bom ritmo, a equipa de restauro já fez a remoção das 14 molduras e das respetivas telas. As paredes já foram revestidas com novo tabuado para se fazer a colocação das telas em suporte capaz e estão agora a tratar do altar-mor”.

O responsável pelo património da Santa Casa considera que “esta recuperação é uma mais valia para o património da Misericórdia, mas também para a cidade porque é mais um monumento recuperado. Estamos a devolver à comunidade este espaço e todo o brilho da talha dourada, que as pessoas tanto apreciam”.

As obras de reabilitação da Capela Dourada, que fica anexa à Igreja de Jesus Cristo, estão orçadas em cerca de 150 mil euros e são apoiadas pelo Fundo Rainha Dona Leonor em cerca de 109 mil euros, sendo que o restante valor vai ficar ao encargo da Misericórdia.

Recorde-se que o FRDL foi criado em 2014 pela Misericórdia de Lisboa, em parceria com a União das Misericórdias Portuguesas, com o objetivo de apoiar as causas prioritárias das Misericórdias de todo o país.

Voz das Misericórdias, Sara Pires Alves