Com financiamento garantido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior vai avançar com a criação de uma unidade de cuidados continuados, cumprindo um sonho há muito ambicionado pela instituição e também pela comunidade.

A assinatura do contrato de financiamento com o Ministério da Saúde e o Ministério da Coesão Territorial decorreu no dia 17 de abril, tendo neste dia sido assinados um total de 90 contratos de financiamento, no valor de 88 milhões de euros, com os setores privado e social, que vão criar mais de três mil lugares na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).

A Santa Casa marcou presença na cerimónia, que decorreu na Aula Magna, em Lisboa, representada pelo seu provedor, José Jorge Pereira, acompanhado do vice-presidente do município de Campo Maior, Paulo Pinheiro.

A unidade de cuidados continuados (UCC) de Campo Maior representa um investimento de três milhões de euros e o projeto prevê a recuperação e reconversão do edifício da antiga Escola Básica 2 de S. João Batista. Neste âmbito, a Santa Casa contou com o apoio técnico e financeiro do município de Campo Maior, que, numa primeira fase, cedeu o referido imóvel à instituição através de um contrato de comodato.

Para a Misericórdia e para o município de Campo Maior, a criação de uma UCC no concelho reveste-se de particular importância, “não só pela resposta direta às necessidades da população envelhecida, como pelo contributo que dá para a coesão social e o desenvolvimento local”.

“Esta infraestrutura permite garantir um acompanhamento contínuo e humanizado autentes em situação de dependência temporária ou permanente, promovendo a recuperação e a melhoria da qualidade de vida. Além disso, alivia a pressão sobre os serviços hospitalares e reforça a rede de apoio às famílias, muitas vezes sobrecarregadas com os cuidados a prestar”, destacam, afirmando ainda que “a UCC assume, assim, um papel fundamental na promoção da saúde pública e no fortalecimento da rede de cuidados de proximidade no nosso concelho e região”.

Voz das Misericórdias, Patrícia Leitão