O presidente da UMP comentou “o aumento brutal da procura nos serviços de atendimento permanente das Misericórdias”, em entrevista à CNN, na sequência do pico de afluência às urgências públicas hospitalares e elevados tempos de espera, registados nos últimos dias.

Para Manuel de Lemos, a atual situação, não sendo “de alarme”, é motivo de preocupação e evidencia a necessidade de rever o “modo de financiamento [dos hospitais das Misericórdias] para que isto não se repita e não aconteça da forma que aconteceu”. O alerta foi feito ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que, segundo o presidente da UMP, se mostrou “consciente das dificuldades porque conhece bem o setor e o âmbito dos acordos que temos”.

Em declarações à Renascença, Manuel de Lemos adiantou ainda que já foi ultrapassado o número de consultas contratualizadas com o Estado para serviço de atendimento permanente e apelou a uma reflexão aprofundada sobre o Serviço Nacional de Saúde “livre de pressupostos ideológicos”.

Em todo o país, os hospitais públicos, privados e do setor social registaram aumentos na procura e tempos médios de espera superiores aos habituais em várias urgências. A maior afluência pode ser explicada pelo elevado número de casos de infeção respiratória e de gripe, uma vez que, segundo o boletim de monitorização da gripe publicado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Portugal está em fase epidémica gripal, tendo registado 27.988 casos de infeção respiratória e 2607 casos de gripe de 2 de outubro a 17 de dezembro.

Veja aqui a entrevista completa à CNN.