Projeto de promoção de saúde escolar deverá abranger cerca de 2000 crianças e jovens no concelho da Mealhada. A iniciativa surgiu no âmbito de um protocolo entre a Misericórdia, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia.

O programa de saúde escolar infantil já está em vigor na Mealhada. O projeto permite detetar atempadamente desvios auditivos e oftalmológicos e abrange atualmente o ensino pré-escolar e o primeiro ciclo. A iniciativa surgiu no âmbito de um protocolo entre a Misericórdia da Mealhada, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia.

Segundo Dina Tavares, do Hospital da Misericórdia da Mealhada (HMM), este projeto surgiu em maio do ano passado e, neste momento, abrange dois níveis de atuação. Por um lado, “há um projeto de medicina preventiva, de rastreios oftalmológicos e auditivos realizados nas escolas”. Por outro lado, com uma “população mais adulta”, realizam-se rastreios “com vista a identificar potenciais doentes cardiovasculares”. 

Através da Unidade de Risco Cardiovascular, “O coração é a razão”, criada em 2015 pelo HMM em parceria com outras entidades, o objetivo é prevenir e reduzir o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, bem como realizar intervenções nos utentes de risco.

No que diz respeito ao programa de saúde infantil, diz-nos Dina Tavares que o propósito é que “todas as crianças e jovens das escolas da rede pública do concelho sejam examinados”. 

Assim, “todas as semanas, uma equipa do HMM, composta por um audiologista e um oftalmologista, percorre as escolas do concelho”. Esta equipa desloca-se às escolas e faz o diagnóstico aos alunos, procedendo para isso aos exames necessários. Sempre que o resultado revela algum desvio de audição ou visão, são informados os encarregados de educação. Estes recebem indicações para dar continuidade à situação identificada junto do seu médico de família ou outro clínico.

Nesta primeira fase, são cerca de 900 as crianças do ensino pré-escolar e primeiro ciclo que estão a ser observadas. Prevê-se, numa fase posterior, que o programa seja alargado aos 2º e 3º ciclos e ao ensino secundário. Assim, é estimado que o programa venha beneficiar cerca de 2000 estudantes. 

Voz das Misericórdias, Teresa Clode de Sousa