A UMP assinou um novo protocolo de cooperação com o Ministério da Cultura, no dia 12 de julho, tendo em vista a salvaguarda, valorização e divulgação do património imóvel, móvel museográfico, arquivístico e imaterial das quase 400 Santas Casas portuguesas.

A parceria foi formalizada pelo presidente da UMP, Manuel de Lemos, e pelo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, no Palácio Nacional da Ajuda, e envolve diretamente a Direção-Geral do Património Cultural, as Direções Regionais de Cultura e a Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, numa perspetiva de apoio técnico e consultivo.

“A celebração deste protocolo corresponde ao reforço de uma parceria que se tem revelado frutuosa para todas as partes, para o Estado, que vê o seu património nacional ser protegido, para as Misericórdias, que conseguem manter o seu património, e sobretudo para as pessoas que o visitam e são a nossa razão de ser”, referiu Manuel de Lemos durante a cerimónia.

Para o ministro da Cultura, Castro Mendes, as parcerias encetadas nos últimos anos – para a inventariação e conservação do património das Misericórdias com o apoio técnico dos organismos tutelados pela Cultura – devem ir mais longe. “É necessário dar o passo seguinte: partilhar esta herança com o público”.

E é neste contexto que, ao abrigo deste protocolo, serão impulsionados dois projetos do Gabinete de Património Cultural (GPC) da UMP que visam a abertura das igrejas das Misericórdias ao público – “Viver Património” – e a divulgação do seu espólio através do “Museu virtual das Misericórdias”. Segundo o responsável do GPC, Mariano Cabaço, o projeto “Viver Património” arranca brevemente nas regiões do Alentejo e Ribatejo, em parceria com a Entidade Regional de Turismo, para ser depois replicado nas restantes regiões do país.

De norte a sul do país, o património cultural das Santas Casas é tão vasto quanto rico, contando com cerca de 1100 imóveis de interesse arquitetónico e histórico, 65 museus ou casas-museu, 250 arquivos e 17 teatros.