O presidente da UMP, Manuel de Lemos, alerta para os momentos difíceis vividos pelas instituições, decorrentes do aumento generalizado do custo dos combustíveis, bens alimentares e energia, em entrevista à Rádio Renascença, sobre o ciclo de conferências, que decorre em Lisboa, de 21 de setembro a 4 de outubro.

Numa altura em que todos os dias chegam novos pedidos de ajuda das famílias, o presidente do Secretariado Nacional da UMP lamenta que o Estado não acompanhe o esforço que está a ser feito pelas Misericórdias, em áreas estratégias como o envelhecimento e a gratuitidade das creches, enquanto “parceiro indispensável e inalienável da organização social em Portugal”.

Sobre o apoio e reconhecimento deste contributo pelo Estado, Manuel de Lemos comentou que “se reduzirmos isto só a dinheiro, o Estado tem apoiado bastante, mas não o suficiente. A outra coisa é o reconhecimento da nossa seriedade, competência, dignificação, e isso tem-no feito”.

A sustentabilidade das instituições, num contexto marcado pela guerra, inflação e crise energética, a necessidade de repensar o modelo de apoio domiciliário e de aprofundar a relação entre a saúde e segurança social são alguns dos desafios em análise no ciclo de conferências que arranca hoje, na sede da UMP, em Lisboa, com transmissão via streaming.

A primeira sessão será presidida por Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, com a apresentação dos livros ‘Obras de Misericórdia’ e ‘Misericórdias no Feminino’, pelo presidente da UMP, Manuel de Lemos, do ex-ministro da Segurança Social e mesário da Misericórdia de Cascais, Pedro Mota Soares, do Pe. Vítor Melícias, e da provedora da Misericórdia de Marco de Canaveses, Maria Amélia Ferreira.

Este ciclo de conferências surge no âmbito da apresentação de seis novas publicações, nas áreas do envelhecimento, património e liderança feminina, entre outros, com financiamento do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE).